segunda-feira, 20 de abril de 2009

FAUVISMO
O fauvismo é uma corrente artística do início do século XX aliada à pintura, tendo como uma das características a máxima expressão pictórica, onde as cores são utilizadas com intensidade, além de outras, como a simplificação das formas, o estudo das cores. Os seus temas eram leves, e não tinham intenção crítica, revelando apenas emoções e alegria de viver.
As cores eram utilizadas puras, para delimitar planos, criar a perspectiva e modelar o volume. O nome da corrente deve-se a Louis Vauxcelles. Esse chamou alguns artistas de “Les Fauves” (que significa “feras” em português) em uma exposição em 1905, pois havia ali a estátua convencional de um menino rodeada de pinturas nesse novo estilo.
Os princípios desse movimento foram:
Criar, em arte, não possui relação com o intelecto ou sentimentos;
Criar é considerar os impulsos do instinto e das sensações primárias;
Exaltação da cor pura.
Participaram do movimento fauvista os pintores: Henri Matisse, Maurice de Vlaminck, André Derain e Othon Friesz; principais responsáveis pelo gosto do uso de cores puras, presentes no cotidiano atual, em objetos e peças de vestuário.
O principal representante do movimento Fauvista foi Henri Matisse, que tinha por característica a despreocupação com o realismo, onde as coisas representadas eram menos importantes do que a forma de representá-las. Por exemplo, “Natureza morta com peixes vermelhos”, pintado em 1911, quando se observa que o importante são as cores puras e estendidas em grandes campos, essenciais para a organização da composição.

quarta-feira, 18 de março de 2009

ARTE NA EDUCAÇÃO
Arte é um importante trabalho educativo, pois procura, através das tendências individuais, encaminhar a formação do gosto, estimula a inteligência e contribui para a formação da personalidade do indivíduo, sem ter como preocupação única e mais importante à formação de artistas.
No seu trabalho criador, o indivíduo utiliza e aperfeiçoa processos que desenvolvem a percepção, a imaginação, a observação, o raciocínio, o controle gestual. Capacidade psíquica que influem na aprendizagem. No processo de criação ele pesquisa a própria emoção, liberta-se da tensão, ajusta-se, organiza pensamentos, sentimentos, sensações e forma hábitos de trabalho. Educa-se.
O QUE É ARTE?
A capacidade do ser humano em expressar suas ideias...
O sentido da palavra "ARTE", assim como a classificação das atividades a ela ligadas , variou muito desde o início da Idade Média européia. Esta tinha herdado da Antiguidade a noção de artes liberais , atividades intelectuais opostas àquelas em que intervinham a mão e o material. Mesmo considerando os "ofícios" (métiers) como inferiores , reconheceu-se que existia uma arte (conjunto de meios adequados) para melhor exercê-los.
Por outro lado , alguns desses ofícios , que exigiam especulação intelectual, formaram, no séc.XVIII, o grupo das belas-artes : arquitetura , escultura , pintura , gravura , às quais se juntaram a música e a coreografia. Os que as praticavam , segundo um processo iniciado desde a Renascença e ampliado pelo academismo , passaram da situação de trabalhadores ou artesãos - frequentemente ligados a tarefas coletivas - à posição mais independente de artistas. Durante muito tempo ainda a sociedade exigiria dos artistas a prática de um ofício : as profissões artísticas seriam aquelas das artes decorativas ou aplicadas ; nas quais colaboravam arquitetos , pintores, escultores, etc.
Finalmente , diante de uma civilização industrial que pretendia garantir por si mesma a produção de bens materiais , segundo normas coletivas quase sempre opressoras , aquilo que tinha sido até então a exceção (o privilégio intelectual do qual gozava um Leonardo da Vinci) se tornou habitual no séc.XIX e, mais ainda, no séc.XX.
O "grande pintor ou escultor, assim como o poeta - a menos que sua própria solidão o transforme num artista "maldito" - , toma a si a missão de expressar, para além de qualquer finalidade utilitária, certas dimensões privilegiadas da existência. Tarefa que pode tornar-se pesada demais para inúmeros artistas que, embora talentosos, estão mais ligados à produção de "imagens decorativas" e de evasão, de acordo com o gosto médio da maioria do público consumidor, que não dispõe do lazer, da ocasião, do preparo ou da orientação necessários para desfrutar de uma aventura artística mais ambiciosa.
Esta nova maneira de ver a missão da arte (e não mais das artes) resulta da exigência de liberdade cada vez mais reclamada por artistas que se vêem como "criadores" ou "pesquisadores", diante da alienação sócio- econômica-cultural. Em lugar de perseguir a "beleza" e suas "regras", as vanguardas preferiram, de fato, em suas sucessivas oscilações, a busca de uma expressão tão autêntica quanto possível das pulsações do ser como ressonância de todas as coisas (do romantismo ao expressionismo e ao surrealismo), ou de uma especulação sobre todas as coisas e, principalmente, sobre a natureza mesma da arte (da abstração enquanto plástica pura às tendências conceituais, passando pela antiarte do dadaísmo).
Assim, a natureza da arte revela-se indefinível: atividade humana que percebemos como específica, mas cujos contornos se desmancham, assim como desaparecem as fronteiras entre disciplinas antes codificadas (pintura, escultura), e até mesmo, por vezes, a fronteira entre arte, escrita, ciências humanas, etc. A arte engajada, que utiliza os meios do realismo ou do simbolismo, raramente nos satisfaz, dividida que é entre uma "forma" e um "fundo" - dicotomia recusada também pelas mais altas formas de literatura.
No extremo oposto, a arte experimental, embora desejando colocar-se a serviço de todos, permanece hermética, e se vê (como a precedente) "recuperada" pelo esnobismo e pelo dinheiro, mostrando, quase sempre, apenas uma aparência de liberdade. Em ambos os casos, as experiências bem-sucedidas parecem ser a exceção, atingindo apenas alguns poucos amantes da arte, e revelando-se tão-somente no próprio processo da criação.
O novo campo de sensibilidade descoberto pelo artista perde frequentemente sua virtude ao ser repetido (ainda que pelo próprio autor); só pode servir como base para novas superações. Vista sob este ângulo extremo de profecia delirante ou questionadora, a arte é uma atividade absolutamente subversiva, exorbitante das normas servis da realidade vivida, mas cuja finalidade poderia ser a de participar de uma hipotética liberação da vida (único ideal humano verdadeiramente sério), até se fundir com ela.