FAUVISMO
Em 1905, em Paris, durante a realização de Salão de Outono, alguns jovens pintores foram chamados pelo crítico Louis Vauxcelles de fauves, que em português significa “feras”, por causa da intensidade com que usavam as cores puras, sem misturá-las ou matizá-las.
Dois princípios regem esse movimento artístico: a simplificação das formas das figuras e o emprego das cores puras. Por isso, as figuras fauvistas são apenas sugeridas e não apresentadas realisticamente pelo pintor. Da mesma forma, as cores não são as da realidade. Elas resultam de uma escolha arbitrária do artista e são usadas puras, tal como estão no tubo de tinta. O pintor não as tornas mais suaves nem cria gradação de tons.
É certo que os fauvistas não foram aceitos quando apresentaram suas obras. Mas foram eles os responsáveis pelo desenvolvimento do gosto pelas cores puras, que atualmente estão nos inúmeros objetos do nosso cotidiano e nas muitas peças do nosso vestuário.
Dos pintores fauvistas, Matisse foi, sem dúvida, a maior expressão. Sua característica mais forte é a despreocupação com o realismo, tanto em relação às formas das figuras quanto em relação às cores. Em suas obras, as coisas representadas são menos importantes do que a maneira de representá-las.
Assim, as figuras interessam enquanto formas que constituem uma composição. É indiferente ao artista se elas são de pessoas ou de natureza-morta. Por exemplo, em “Natureza-morta com Peixes Vermelhos”, quadro pintado em 1911, pode-se observar, o importante parta Matisse é que as figuras – tais como a mulher, o aquário, o vaso com flores e a pequena estante-, uma vez associadas, compõe um todo orgânico. Mas esse objetivo não era procurado apenas pela associação das figuras. As cores puras e estendidas em grandes campos, como o azul, o amarelo e o vermelho, são também fundamentais para a organização da composição.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
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